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Beatriz no Havaí: "sou grata à Bea do passado por continuar, pois o que vivi nem cabe a expressão “vale a pena” e espero outras pessoas possam viver o mesmo..."

Última semana de Beatriz Fernandes no Havaí, estudando pela IIE Hawaii

Primeiro perrengue já foi antes de eu chegar aqui, pois eu tinha uma escala de 49 min, cheguei de um lado do aeroporto e o outro voo era do outro lado Fora a espera das pessoas saírem do avião para você poder passar, olha lembro que tava me tremendo inteirinha pedindo ao universo por favor não me deixa perder esse voo. Pedi ajuda pro primeiro funcionário que achei e quando ele me indicou o portão (eu tava no 250 e o outro era 130) corri TANTO, MAS TANTO, uns 20 min só correndo pelo aeroporto gritando "excuse meeeeee I'm laaaate", mas no final deu tudo certo. Consegui chegar 10min antes de fecharem o portão.

Sobre o Idioma

Eu não acho que passei muito perrengue não, meu inglês não é ótimo, mas dá para desenrolar bem. Agora assim… É o caos tentar explicar o carnaval do Rio aqui e todo mundo quer saber. Aqui reparei que não tem tanta opção de pizza e uma vez eu disse que no Brasil a gente tinha umas 50 e pronto, virou a piada da viagem. Absolutamente tudo que a gente conversava, alguém do grupo falava “mas sabia que no Brasil tem 50 tipos diferentes disso e daquilo”. Por último algo que ficou marcado — literalmente — foram vários hematomas na minha perna após pular da cachoeira (mas na hora não doeu isso tudo não) e um dos hematomas “parecia” várias ilhas, daí ficavam me zoando que gostei tanto do Hawaii que tatuei o mapa na minha perna.

Sobre Amizades

Meus amigos são todos da Europa e eu vim com um estereótipo gigantesco de como essas pessoas seriam, achei que eu ia ficar mais na minha, talvez fazer as coisas mais sozinha e de vez em quando só ter a companhia deles. Mas foi completamente diferente, fico feliz que apesar dos esteriótipos, eu vim com a cabeça e o peito muito aberto, conheci mais sobre eles, idioma, pais, cultura, até sobre guerra a gente falou. Muito doido saber que um país tão pequeno como Suíça fala umas 4 línguas em regiões diferentes e não necessariamente as pessoas se entendem entre si. Enfim, eu sou muito grata pela oportunidade, mas eu real fiquei com o coração apertado me despedindo da escola, das minhas professoras maravilhosas, de como as aulas funcionavam, das pessoas que eu convivia. É ótimo se graduar, mas se eu pudesse, eu ficava mais. Eu nem imagino a saudade que sentirei disso aqui, mas que bom que pude viver algo assim e saber que existem situações completamente diferentes da minha realidade.

Dicas Sobre Intercâmbio

Primeiro: GUARDEM DINHEIRO e segundo, eu sei que para gente como a gente as coisas não são tão fáceis não, mas antes eu achava ser impossível. Spoiler: não é. Poderia falar coisas genéricas como tenha um objetivo, lute por ele etc, mas acho que todo mundo já sabe disso, né? O que posso falar é que eu quis desistir muitas vezes e eu sou absolutamente grata à Bea do passado por continuar, pois o que vivi nem cabe na expressão “vale a pena” e eu espero que muitas outras pessoas possam viver o mesmo. Como eu e meus amigos gostamos de pontuar “it's a life changing experience”.






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